segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

FILANTROPIA X PILANTROPIA





FILANTROPIA X PILANTROPIA

Não é um tanto quanto confortável fazer filantropia por estas bandas do sertão. Temos que enfrentar o egoísmo as questões mercenárias, os descréditos, as calúnias, a inveja, entre outras nefastas razões. Eu conheci um agiota que leva a vida com um sorriso na cara por ser idolatrado por todos e por sentir – se bem em ser um mercenário. Segundo suas palavras, é mais cômodo, mais respeitado do que muitos que fazem tal pilantropia. A chamada inversão de valores.
Pilantropia a parte à verdade é que sou totalmente o inverso desta estúpida retórica que tem seus dias de glória, e que terá seus dias de inferno, pois nada faz por alguém sem o toma lá, dá cá. Se abrimos uma conta no banco para facilitar supostas ajudas que possivelmente virão, não somos respeitados segundo as leis orgânicas quando nos torna de utilidade pública, no que diz respeito a não cobrar encargos bancários, (Art. 2º lei 399) o que não deixa de ser o terror das pilantropias. Os políticos, e o poder público alegam falência nas prefeituras, o que só nos são simpáticos em época de eleição. Portanto, esta cheio de pessoas com os lábios cheios de palavras bonitas e o coração cheio de veneno.

Voluntários para trabalhos sociais só se vier da justiça local, para cumprir penas alternativas sob a lei 9.099/95, do contrário os jovens estão esperando as próximas festas
para invadir as lojas de roupas e sapatos aumentando a inadimplência para os comerciantes por parte de alguns que são escravos dos caprichos e do luxo. Fui dono de uma pequena locadora de veículos e de um restaurante e sei muito bem do que estou falando, e de como se comportam algumas pessoas quando trata-se de manter as aparências perante a sociedade. Dito isso, não é minha intenção julgar quem quer que seja, longe de mim esta hipótese. Más se olharmos bem quando aqueles resolvem abrir o fundo dos “seu carro” para violar as leis impondo aos nossos ouvidos seus sons em extremos volumes e com a péssima qualidade de música, em seguida parte para uma churrascaria com mulheres, sempre em locais abertos, e a maioria compra um carro e mora numa casa alugada.

Em suma, o que mais me intriga é que nunca os vejo lendo um livro, aconselhando alguém que por ironia do destino está desolado com a vida, fazendo uma campanha para os que passam fome, ou utilizando uma vez por mês aquele carro para levar um idoso doente da zona rural, para a cidade, para um hospital, ou dedicando –se aos estudos com mais afinco. Parece o fim do mundo, ou pessoas brincado com a vida como se a vida fosse um grande circo para minúsculos palhaços. O mérito desta inversão de valores cabe a cada um de vocês que reflita sobre a realidade da vida como a arte de tantos encontros no mundo dos teatros da realidades.

Por muitas e muitas vezes, tentei conseguir voluntários para as terça-feira levarmos remédios, medir pressão, roupas para os encarcerados na polícia civil local. Sabe quais foram as respostas que muitas vezes recebi nestas minhas tentativas sociais? “Deixe aqueles delinqüentes sofrerem, pois eles merecem mais do que isso”. “São bandidos, só vou se for para levar uma dose de veneno para matar aquelas desgraças”. Estas são as tristes justificativas quando trata –se de condenados pela justiça, e as outras vezes que tentei para a zona rural em casas de idosos e para levar algumas cestas básicas. Alguns marcavam e não cumpriam, outros não tinham tempo, outros respondiam com o silêncio. É como se eles nunca fossem passar por isso, e juro que não peço que passem.

Nunca vou fazer pilantropia e posso lhes garantir o que digo. É que às vezes me pergunto o que tanto levou o ser humano guardar a sete chaves dentro do seu coração a falta de humildade, o ódio, o rancor, a falta de caridade, o respeito pelo próximo, e o materialismo imperando seu “brilhoso” dia que Deus lhe deu, e que os mesmos modificam com tanto radicalismo e com tantas pretensões. Auanto aos nossos filhos, o que será deles se esta devasta ironia for para o teto das falsas realidades do amanhã.

Será mesmo que fazer pilantropia é mesmo mais confortável que filantropia?
A resposta vai ficar dentro de cada um de nós.

VIDA AMADA,VIDA AMARGA/POBRES NORDESTINOS

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